Leitura da Bíblia:
Jeremias 22-24
(Jeremias 22:10) . . .“Não choreis pelo morto e
não vos compadeçais dele. Chorai profusamente pelo que vai embora, pois não
mais retornará e realmente não verá a terra de sua parentela.
Significam
essas palavras que chorar a morte do bom rei Josias era errado, sendo contrário
ao propósito de Deus? Não. A morte de Josias em batalha foi terrível golpe para
os israelitas. Foi uma calamidade nacional que corretamente provocou o pesar.
Até mesmo Jeremias participou no pranto pela morte de Josias. É claro, então,
que as palavras de Jeová mediante Jeremias não visavam desencorajar os
israelitas de expressar seu pesar. Simplesmente sublinhavam que, por comparação,
o quinhão do vivo, o filho de Josias, Salum, era ainda pior do que o de seu pai
morto. Isto se dava porque Salum morreria, não em sua terra natal, como fez seu
pai Josias, mas em exílio no Egito. Assim, havia mais razão em chorar pelo
filho de Josias, do que pelo rei morto.
(Jeremias 22:19) . . .Seu enterro será como se
enterra um jumento, sendo arrastado e lançado fora, além dos portões de
Jerusalém.’
Segundo
a tradição antiga (registrada pelo historiador judeu Josefo, do primeiro
século), Nabucodonosor, rei de Babilônia, matou Jeoiaquim e mandou seu cadáver
ser lançado fora das muralhas de Jerusalém. Quer esta tradição seja correta,
quer não, Jeoiaquim não sobreviveu ao sítio pelos babilônios. Não recebeu um
enterro decente. Seu cadáver ficou jazendo sem atenção fora dos portões de
Jerusalém, exposto ao calor do dia e ao frio da noite. Seu filho Joaquim
governou cerca de três meses após a sua morte; por fim, Joaquim também
capitulou diante do sítio e foi levado ao exílio babilônico. — 2 Reis
24:11, 12.
(Jeremias 22:24) . . .Assim como vivo’, é a
pronunciação de Jeová, ‘mesmo se Conias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá,
viesse a ser o anel de chancela na minha mão direita, dali te
arrancaria.! . .
Em
vista deste decreto divino contra o avô de Zorobabel pode-se notar que um anel
de chancela era muito precioso para alguém de alta categoria. Levava o nome de
seu dono e era usado em negócios oficiais, para carimbar a assinatura do dono
num documento, para autenticá-lo. (Gênesis 38:18-26; 41:42; 1 Reis 21:8)
Portanto, se o avô de Zorobabel, o Rei Joaquim, tivesse sido como um anel de
chancela na mão direita de Jeová, teria sido muito precioso para Jeová.
Acontece que ele havia sido ungido rei em Jerusalém e se tornado assim o
“ungido de Jeová”, assentando-se no “trono de Jeová” em Jerusalém, embora fosse
apenas por três meses e dez dias. (1 Samuel 24:6, 10; Lamentações
4:20; 1 Crônicas 29:23) Por isso, a pessoa do Rei Joaquim merecia e exigia
respeito especial da parte dos homens. No entanto, apesar de ele ter ligação
oficial com Jeová, tornou-se repelente para Jeová, porque continuou no caminho
iníquo de seu pai, o Rei Jeoiaquim. Jeová, em indignação, o arrancou e lançou
fora, deixando-o ir ao cativeiro em Babilônia e à prisão ali.
(Jeremias 23:19, 20)
. . .Eis que certamente sairá
o vendaval de Jeová, o próprio furor, sim, uma tormenta rodopiante. Rodopiará
sobre a cabeça dos iníquos. 20 A
ira de Jeová não recuará até que ele tenha executado e até que tenha realizado
as idéias de seu coração. Na parte final dos dias dareis a isso vossa
consideração com compreensão.
Sim, os líderes da
religião falsa virão a entender o que a “parte final dos dias” significa para
eles. Mas, qualquer consideração que derem a isso será tarde demais!
— Veja Revelação 18:10, 16; 19:11-16; Mateus 24:30.
Felizmente, porém,
muitos indivíduos outrora cativos à religião falsa estão ‘dando consideração a
isto’. Atendem à chamada: “Saí dela [da religião falsa], povo meu”, visto que
não querem ter participação nos pecados dela ou receber parte do julgamento de
Deus contra ela. Se você for um destes, continue a acatar o que a Palavra de
Deus diz sobre a “parte final dos dias” e a gloriosa era de paz que se seguirá.
— Revelação 18:2, 4, 5; 21:3, 4.
(Jeremias 23:33) . . .“E quando este povo, ou o
profeta, ou o sacerdote te perguntar, dizendo: ‘Qual é a carga de Jeová?’ então
terás de dizer-lhes: ‘“Vós sois — ó que carga! E eu certamente vos
abandonarei”, é a pronunciação de Jeová.’
Atualmente, a
mensagem de Jeová para este sistema de coisas político, religioso e comercial é
pesada em vista da condenação que pressagia uma calamidade ruinosa. Portanto,
recai sobre nós a pesada responsabilidade de proclamar a mensagem de Jeová para
este “tempo do fim”. Assim, quando respondemos às perguntas das pessoas sobre o
destino do atual sistema de coisas, não devemos deixar de proclamar qual é
realmente a “cara” de Jeová. Quando a classe clerical, os profetas ou os
sacerdotes da cristandade nos pedirem que lhes digamos francamente sobre que
pontos incide o peso da Palavra de Jeová, teremos a obrigação de dizer-lhes que
o próprio povo da cristandade é para ele uma “carga”, sim: “ó que carga!” De
modo que ele se livrará desta “carga” por entregar a cristandade à calamidade .
(Jeremias 24:1, 2)
. . .E Jeová me mostrou, e eis
duas cestas de figos postas diante do templo de Jeová, depois de Nabucodorosor,
rei de Babilônia, ter levado ao exílio Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de
Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os construtores de baluartes,
de Jerusalém, para levá-los a Babilônia. 2 Quanto a uma cesta, os figos eram muito bons, iguais
a figos temporãos; e quanto à outra cesta, os figos eram muito ruins, de modo
que não podiam ser comidos de ruins [que eram].
De acordo com
Jeremias, capítulo 24, Jeová fez o profeta ver duas cestas de figos, colocadas
diante do templo de Jeová. Uma cesta continha figos ruins, representando
aqueles que não agiram com fé nas promessas de Jeová, de modo que saíram
perdendo. Os figos bons eram “muito bons”, e representavam, no primeiro caso,
os judeus que agiriam em fé ao retornarem do exílio babilônico, após 70 anos,
para restabelecer a adoração de Jeová em Jerusalém. No cumprimento moderno,
representam os do restante fiel, que retornaram do cativeiro em Babilônia, a
Grande, especialmente das religiões da cristandade, a partir de 1919. Sobre
estes restabelecidos, e sobre outros, que se juntariam a eles mais tarde, Jeová
disse por meio de seu profeta:
“Vou
fixar meu olho neles de modo bom e certamente os farei voltar a esta terra. E
vou edificá-los e não os derrubarei, e vou plantá-los e não os desarraigarei. E
vou dar-lhes um coração para me conhecerem, que eu sou Jeová; e terão de
tornar-se meu povo e eu mesmo me tornarei seu Deus, pois retornarão a mim de
todo o seu coração.” — (Jer. 24:6, 7)
Esses
“figos bons” desenvolvem uma relação muito íntima com seu Deus, Jeová. Tendo a
condição correta de coração, confiam implicitamente em Jeová, para dirigir-lhes
os passos. — Jer. 10:23, 24; 20:12, 13.
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